A gente passa a vida procurando entender o que não pode ser entendido. Por que tomamos aquele pé na bunda? O que se passa na cabeça daquele traíra que só sabe ferrar todo mundo?
Descobri que isso definitivamente não me interesssa.
Sabe, depois de tanta incomodação, depois de tanto esforço jogado fora, chego a conclusão de que tentar entender as atitudes alheias é impossível (além de ser chato pra cacete). Não dá pra viver sendo refém do pensamento de terceiros, e muito menos esperando consideração e reciprocidade. A nossa vida é algo muito grande pra ser jogado nas costas de alguém que, assim como nós, não sabe o que fazer com ela. Se te decepcionaram, a realidade é que esse problema é todo teu. Nenhum contrato que te protegesse foi assinado, e nem poderia.
Não me entendam mal: não digo que ninguém merece confiança e todo esse blábláblá recalcado, só acho que esperar qualquer coisa de alguém é decepção na certa. O que a gente pode -e deve- fazer, é ser o melhor possível dentro das possibilidades que temos.
Corrigir nossas falhas, fazer algo por nós mesmos, correr atrás do que nos pertence. É isso que deve ser feito, e é isso que nos pode ser cobrado.
Ninguém tem a obrigação de corresponder as nossas expectativas, e isso é muito bom, pois nos livra automaticamente desse fardo. Procuro não pensar no que não consigo entender, concentro-me em ser alguém melhor. Assim, evito um baita desgaste, afinal, os outros são os outros e o que eles fazem não me diz respeito. Eu só sei de mim.